UIR intervém em protesto contra Ossufo Momade

 



UIR intervém em protesto contra Ossufo Momade

A tensão dentro da Renamo atingiu novos patamares esta terça-feira, quando a Unidade de Intervenção Rápida (UIR) foi mobilizada para dispersar, com tiros e gás lacrimogéneo, um protesto de antigos guerrilheiros do partido junto à sua sede nacional. Os manifestantes exigem a demissão imediata do presidente Ossufo Momade, a quem acusam de ser "incapaz" de liderar a oposição.


A intervenção policial levanta suspeitas sobre uma possível aliança tácita entre Momade e a Frelimo. Segundo fontes próximas aos manifestantes, o líder da Renamo teria solicitado apoio ao partido no poder para conter os protestos internos, num movimento visto por muitos como um gesto de desespero e traição à luta histórica do partido.


> "Está-se a dar uma mão ao 'brother Ossufo' que tanto tem contribuído para as repetidas 'vitórias' frelimistas nas chamadas eleições," ironizou um veterano do partido.




A crise evidencia a profunda desorganização interna da Renamo, que muitos analistas consideram estar em risco de colapso político. Com a imagem cada vez mais fragilizada, o partido arrisca perder representação parlamentar nas próximas eleições, caso não se reinvente rapidamente.


> "Se fosse uma barraca, a Renamo já teria fechado," comentou um analista político. "Hoje, a Renamo de Ossufo Momade não passa de um braço da Frelimo. É como se fosse uma extensão da ACLLN."

crescente revolta interna aponta para um diagnóstico claro: o problema da Renamo não era o histórico líder Afonso Dhlakama (VM7), mas sim a actual liderança de Ossufo Momade, Manuel Bissopo, José Manteigas e outros dirigentes acusados de se acomodarem no poder, ignorando as bases do partido.


Com a insatisfação a aumentar e as estruturas de base a rebelarem-se, a Renamo enfrenta talvez o seu maior teste desde o Acordo de Paz. A questão agora é: conseguirá o partido renascer das suas cinzas ou está a caminho da irrelevância política?

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